segunda-feira, 23 de março de 2009

POESIA VISUAL

poema Acaso, de Augusto de Campos




Os poemas visuais utilizam-se, basicamente, de recursos gráficos ou, simplesmente, visuais de tendência caligramática, ideogramática, geométrica ou abstrata. Segundo Fabio Lucas, escritor e crítico literário, "o poema visual utiliza, com rara felicidade, a combinação dos signos verbais com a expressividade da linguagem icônica. Assim os dois códigos, o digital e o icônico, se combinam à perfeição para traduzir imagens poéticas e juizos críticos." No Brasil, os irmãos Haroldo e Augusto de Campos se destacaram dando início ao movimento Concretista.

Seguindo esta linha, realizamos produções da colagem de recortes de revistas dos mais variados estilos. O trabalho se deu de maneira espontânea, como forma de desenvolver a criatividade e a percepção de que a poesia pode se encontrar nos lugares mais improváveis.





(poema visual de Mychel R. Lima)



(poema visual de Lídia Mara)




(poema visual de Eduardo Ars)




(poema visual de Jaqueline Nascimento)






(poema visual de Arzírio Cardoso)




(poema visual de Sedinei)




(poema visual de Elisete M. B. Batista)


(poema visual de Alice Góidke)




(poema visual de Darci Ferreira)





(poema visual de Orlnado Ferreira)

terça-feira, 17 de março de 2009

PATATIVA DO ASSARÉ NA VISÃO DE ELISETE MARIA BIANCHESSI BATISTA



Elisete Maria Bianchessi Batista é pedagoga e especilista em Alfabetização e Letrameto. Voluntária num grupo de terceira de idade durante 7 anos no Distrito de Bugre, em Balsa Nova, Batista viu no trabalho social uma oportunidade de retomar seus estudos e dedicar-se à pesquisa e produção de biografia de vários professores de escolas situadas em áreas isoladas, atividade que a impulsiona também atualmente. Elisete mora no Bugre, "um pedacinho do céu na terra", como ela mesma define.
Ingressou na Oficina Literária no início de 2009 com o anseio de aprender ainda mais e enfrentar novos desafios, além de "fazer amigos, distribuir sorrisos, apertos de mãos, enfim, abrir o
coração."
É possível dizer que foi um início primoroso. Na última quarta-feira, 11 de março de 2009, Elisete presenteou os colegas com o resultado de mais uma bela pesquisa, desta vez, acerca do grande poeta Patativa do Assaré.


Autodidata, leitor dos grandes mestres da Literatura Universal, Patativa decidiu dedicar-se à sua grande paixão: fazer versos. Poeta nato, canta as belezas da sua terra natal, o Ceará, e permanece fiel às raízes quando na criação de repentes dos mais diversos. Filho de agricultores, criado na roça, começa a "poetar" aos cinco anos. Seus versos são repletos de força na denúncia das injustiças sociais, tão recorrentes em nosso país.



Cabra da Peste nos revela um poeta, não inculto, como muitos o chamaram, mas imune à cegueira social que corrompe o homem:
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrê
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho pra fome, pergunto: que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da peste, sou do Ceará."
Por trás da falsa simplicidade das palavras se esconde uma reflexão intensa e profunda acerca das mazelas que enfrenta o Brasil, país onde os pobres são direta ou indiretamente afetados pela injustiça.
Patativa, um homem de visão ampla, apesar de padecer de um "mal d'olhos", como ele mesmo costumava falar, critica a fome, a falta de terra, o excesso de poder nas mãos de uma minoria privilegiada, e até mesmo a mediocridade na televisão.
Os versos de A Triste Partida tornaram-se música na voz de Luiz Gonzaga, a príncipio, um pouco a contra gosto do poeta, mas depois com seu total consentimento:
"Meu Deus, meu Deus
Setembro passou
Outubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai"
[...]
Entre suas principais obras estão Inspiração Nordestina (2003), Ispinho e Fulô (2005), Aqui tem Coisa (2004) e Biblioteca de Cordel: Patativa do Assaré (Org. Sylvie Debs).
Patativa do Assaré faleceu em oito de julho de 2002.

segunda-feira, 16 de março de 2009

NASCE O BLOG DA OFICINA LITERÁRIA VERSO E PROSA

Talvez a melhor palavra utilizada para nos definir seja a multiplicidade. Somos um grupo heterogêneo e, por tal motivo, sempre aberto a ensinar e a aprender, ou melhor, a compartilhar conhecimento. Nossa heterogeneidade percorre os caminhos mais variados, somos poetas, romancistas, cronistas, contistas e o que mais nossa imaginação nos permitir ser...simplesmente ser!
A Oficina Literária de Campo Largo nasceu no ano de 2007 a partir da iniciativa de Eliane Andrade Krüeguer, que viu no evento uma oportunidade de reunir talendos ou simplesmente pessoas que gostem da poesia e da prosa. Nasce, então, uma verdadeira equipe produtora de textos fascinantes.
Nos últimos meses o grupo cresceu consideravelmente, revelando os mais variados gostos e estilos. Temos os amantes das rimas, os poetas engajados, os cronistas envolvidos cotidianamente com o social, os romancistas, que se dedicam até mesmo à Literatura Infanto-Juvenil, e ainda aqueles que, com ou sem rima, escrevem também com amor.
Nasce hoje, por um desejo de compartilharmos nossas discussões e descobertas, o blog Oficina Literária Verso e Prosa. Este será um espaço aberto ao diálogo e ao aprendizado, um espaço para aqueles que amam a literatura, para aqueles que buscam o novo sempre, para todos que acreditam no poder da escrita e da leitura e, principalmente, na magia que elas possuem!
Convidamos todos a participar! Venham e descubram que o mundo é deliciosamente imenso!
Os encontros acontecem sempre às quartas-feiras, das 18h às 20h, na Biblioteca Pública de Campo Largo.
Para dúvidas ou sugestões, envie-nos um email: oficinaliterariacl@gmail.com