sábado, 15 de agosto de 2009

OBRAS IMPERDÍVEIS

Nós da Oficina Literária compartilhamos com nossos leitores esta excelente lista de obras imperdíveis, criada pelo professor e escritor brasileiro Gabriel Perissé, à qual tivemos acesso graças à preciosa colaboração de nossa coordenadora Eliane Andrade Krueguer.

Meus clássicos - sugestão de leitura, lista de obras que devem ser lidas
(Gabriel Perissé )

- Mortimer Adler. Como ler um livro. Agir.
(Há uma reedição pela Guanabara.)
Inspirador, vale como companheiro para qualquer leitor.

- Miguel de Cervantes. D. Quixote.
Eterno. As aventuras inesquecíveis de dois amigos tão diferentes entre si. Indicado para os sonhadores, que se tornarão mais realistas, e para os realistas, que se tornarão mais sonhadores.

- William Shakespeare. Ricardo III, Henrique V, Romeu e Julieta e Hamlet.
É difícil ler teatro. Mas com um pouco de atenção para identificar que personagens estão falando, entra-se em contato com uma poderosa força criadora.

- Sófocles. Prometeu acorrentado, Édipo-rei e Antígona.
Insubstituíveis, imperdíveis, definitivas.

- Molière. O misantropo.
Genialidade em ação.

- Jonatham Swift. As viagens de Gulliver.
Através de uma história fantástica, o autor capta características marcantes da natureza humana. Indicado para os que não gostam de advogados.

- J. R. Tolkien. O senhor dos anéis. Martins Fontes.
A imaginação em alta rotação. Para quem gosta de começar e não parar mais de ler.

- Geofrey Chaucer. Os contos da cantuária. T.A. Queiroz.
- Edgar A. Poe. Contos.
Um mestre e um monstro sagrado a ser devorado.

- Júlio Verne. A volta ao mundo em oitenta dias.
Não só esta, mas todas as obras do escritor francês incitam a imaginação.

- C.S. Lewis. O grande abismo, Os quatro amores, O problema do sofrimento. Mundo cristão.
Cada vez mais conhecido pelo público brasileiro, é considerado um dos maiores escritores da Inglaterra neste século.

- Jorge Luís Borges. O Aleph.
Contista sagaz, labiríntico, desafiante.

- Lewis Carrol. As aventuras de Alice. Summus Editorial.
Outro clássico, sem o qual o mundo parece incompleto.

- Fiodor Dostoivesky. O idiota.Um escritor atormentado.
Seus escritos parecem estar com febre, e por isso requerem leitores bem preparados.

- Leon Tolstoi. A morte de Ivan Illitch.
Emocionante história de um homem que se vê diante da doença, da solidão e da morte.


- Kafka. O castelo, Metamorfose e O processo.
Para entender quando alguém diz que este mundo tornou-se kafkiano.

- Oscar Wilde. O retrato de Dorian Gray. Abril Cultural.
O aterrorizante trajeto existencial de um homem.

- George Orwell. 1984.
Uma história que repete e prenuncia outras histórias. Para quem ama a liberdade.

- Ariano Suassuna. O auto da compadecida.
Vale a pena ler. E reler.

- Mário Palmério. Vila dos Confins e Chapadão do Bugre.
Duas obras imperdíveis, escritas com paixão.

- João Guimarães Rosa. Sagarana e Grande-sertão: veredas. Nova Fronteira.
Criador audacioso da literatura brasileira, cuja forma literária sofisticada ressuma a percepção dos dramas humanos.

- José de Alencar. Lucíola. Ática.
Um livro tipicamente romântico, em que o amor e a pureza, as paixões e os interesses mesquinhos se articulam no estilo clássico do escritor nordestino.

- José J. Veiga. A hora dos ruminantes.
Realismo fantástico brasileiro.

- Gustavo Corção. Lições de abismo. Agir.
Um dos dez melhores romances brasileiros, na opinião de Oswald de Andrade, na altura do seu lançamento, na década de 40.

- Clarice Lispector. A hora da estrela. Nova Fronteira.
Pungente, mostra a grandeza escondida de cada pessoa humana na figura de uma nordestina que nasceu “sem anjo da guarda”.

- Fernando Pessoa. Poesia.
Genial, contraditório, polifacético.

- Mario Quintana. Poesia.
Falecido recentemente, Mario Quintana permanece como o poeta da simplicidade complexa.

- Carlos Drummond de Andrade. Poesia.
Apesar do pessimismo auto-corrosivo que percorre a maior parte dos seus poemas é, sem dúvida, o maior poeta brasileiro.

- Adélia Prado. Poesia. Siciliano.Grande poeta do cotidiano, das coisas simples, e dos sentimentos quase insuportáveis.

- Platão/Sócrates. Diálogos.
A inteligência, o argumento, a origem da mente ocidental.

- Aristóteles. Metafísica.
Para resgatar um tempo e uma mentalidade em que a filosofia ousava.

- Agostinho de Hipona. Confissões e A vida feliz. Paulus.
Os tormentos, a culpa, o arrependimento, a alegria, as descobertas intelectuais e espirituais de um homem inesquecível e, da sua autoria, a felicidade na visão platônico-cristã.

- T.S. Eliot. Notas para uma definição de cultura. Perspectiva; e De poesia e poetas. Brasiliense.
Essas duas obras são um bom começo de conversa com o poeta norte-americano, que expõe aqui as suas opiniões de pensador e crítico literário.

- Ezra Pound. A arte da poesia. Cultrix/Edusp.
Onze ensaios sobre a poesia, que vence as forças da rotina.

- José Ortega y Gasset. A rebelião das massas. Martins Fontes.
Referencial básico para filósofos e sociólogos que estudam o século XX.

Ao final, Krueguer nos deixa um desafio: E você? Quais livros indica?

A LISTA COMPLETA DE GABRIEL PERISSÉ VOCÊ ENCONTRA AQUI

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