sexta-feira, 31 de julho de 2009

SEGUEM ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O 1º CONCURSO DE POESIA CAMPOESIA 2009



Lembramos que as inscrições para o 1º Concurso de Poesia Campoesia 2009 continuam abertas até o dia 15 de agosto de 2009, data limite de entrega do material na biblioteca pública de Campo Largo ou postagem pelos Correios.
Podem participar da competição maiores de 16 anos, que apresentem poemas inéditos em língua portuguesa. Cada autor pode participar com apenas um poema.
O texto deve estar digitado em folha A4, com no máximo três páginas, em formato Word, fonte Arial, tamanho 12, espaço entrelinhas 1,5.

PREMIAÇÃO:
1º lugar: R$500,00 e certificado
2º lugar: R$300,00 e certificado
3º lugar: R$200,00 e certificado
E mais 7 (sete) menções honrosas, totalizando 10 (dez) selecionados.

Para obter maiores informações, além de ter acesso ao regulamento do concurso, é possível consultar a Biblioteca ou enviar-nos um email.

Biblioteca Pública “Dr. Francisco Ribeiro Azevedo de Macedo”:
Rua Centenário, 2011, Centro, 83601-000. CAMPO LARGO – PR. Fone: (41) 3392-4012

Oficina Literária Verso e Prosa: oficinaliterariacl@gmail.com

sexta-feira, 24 de julho de 2009

OFICINA LITERÁRIA VERSO E PROSA JÁ TEM COMUNIDADE NO ORKUT


Chegamos ao Orkut, um dos mais populares sites de relacionamento no Brasil! Nossa comunidade é direcionada a todos que apreciam a poesia em suas mais variadas linguagens: música, cinema, artes plásticas e, principalmente, LITERATURA!!!

Convidamos todos a participarem de mais este veículo, criando fóruns, enquetes, ou simplesmente, apoiando-nos com sua visita!

Acesse o link, e ajude a tornar esta comunidade grande e forte!!!

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=92197026

Você não precisa ser poeta, basta ver poesia em tudo!!!


quinta-feira, 23 de julho de 2009

NÓS INDICAMOS ...

A oficina Literária tem como objetivo não apenas refletir acerca da poesia presente na escrita e seus diferentes gêneros, mas busca enxergar o poético em suas múltiplas linguagens. Como não poderia deixar de ser, somos profundamente influenciados pela música, pelas belas artes e também pelo cinema. A leitura de múltiplas linguagens faz parte da vida de todo poeta.

Por este motivo, estaremos muito frequentemente deixando neste humilde arquivo dicas de filmes que tenhamos apreciado, canções que nos tenham de alguma forma marcado, enfim, deixaremos expresso aqui toda forma de fazer arte que tenha nos deixado indelével impressão.

A indicação de hoje vem de Jaqueline Nascimento, integrante da Oficina Literária desde o início de 2008. Jaqueline indica o filme Beleza Roubada, com Liv Tyler e Jeremy Irons, e justifica sua escolha: "Quem já viu terá uma surpresa a cada nova apreciação, quem ainda não viu ficará encantado e, certamente, marcado para sempre".

Jaqueline é integrante da Oficina Literária desde 2008

Lucy Harmon (Liv Tyler) tem 19 anos, alguns sonhos e um trauma: o suicídio de sua mãe. Para tentar superar a dor, entre outros motivos, vai passar as férias na Toscana, Itália, na casa de Diana (Sinead Cusack) e Ian Grayson (Donal McCann), amigos de sua mãe. Há mais dois motivos para viagem de Lucy: Ian quer que ela pose para um retrato e, principalmente, ela espera reencontrar Niccolo Donati (Roberto Zibetti), com quem trocou o primeiro beijo. mas há um motivo mais profundo: ela deseja solucionar o enigma deixado pela mãe num diário. Lucy é uma menina que se faz mulher e, em meio às conversas, conta que é virgem. De repente passa a ser o centro das atenções naquela casa sempre repleta de amigos e convidados, como o escritor Alex (Jeremy Irons) e o marchand Guillaume (Jean Marais). Para essas pessoas sem ilusões, Lucy ensina o poder da juventude. (Grifo Nosso. Sinopse retirada de http://www.letrasdefilmes.com.br/filme/belezaroubada)


Liv Tyler protagoniza Beleza Roubada


Com direção de Bernardo Bertolucci, o filme é um elogio à juventude, mas também às belezas de um país repleto de história e mistério: a Itália! A exuberância de Lucy se confunde com a paisagem e os pedaços de poemas que ela deixa pelos cantos por onde passa é um reflexo de sua alma por vezes mortificada pelo próprio tédio. A personagem afirma: "quero me atordoar!"

Jaqueline resume o motivo de sua indicação afirmando: "o filme todo é um poema!"



Nome em Inglês: Stealing Beauty
Genêro: Drama, Romance
Diretor: Bernardo Bertolucci
País: Italia, França, Reino Unido
Ano: 1996
Confira o trailer do filme aqui:

terça-feira, 7 de julho de 2009

1º CONCURSO DE POESIA CAMPOESIA 2009

Já estão abertas as inscrições para o 1º Concurso de Poesia Campoesia 2009, promovido pela Oficina de Literatura de Campo Largo em parceria com a biblioteca pública municipal.
Podem participar da competição maiores de 16 anos, que apresentem poemas inéditos em língua portuguesa. Cada autor pode participar com apenas um poema.
O texto deve estar digitado em folha A4, com no máximo três páginas, em formato Word, fonte Arial, tamanho 12, espaço entrelinhas 1,5.
O prazo final para o envio do material é dia 15 de agosto de 2009, observando-se a data do carimbo postal.

PREMIAÇÃO:

1º lugar: R$500,00 e certificado
2º lugar: R$300,00 e certificado
3º lugar: R$200,00 e certificado

E mais 7 (sete) menções honrosas, totalizando 10 (dez) selecionados.

Para obter maiores informações, além de ter acesso ao regulamento do concurso, é possível consultar a Biblioteca ou enviar-nos um email.

Biblioteca Pública “Dr. Francisco Ribeiro Azevedo de Macedo”
Rua Centenário, 2011, Centro, 83601-000. CAMPO LARGO – PR. Fone: (41) 3392-4012

Oficina Literária Verso e Prosa: oficinaliterariacl@gmail.com

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O QUE NOS INSPIRA

A heterogeneidade do nosso grupo se reflete constantemente nas nossas leituras. Os nomes que nos inspiram passam por Machado de Assis até chegar em Cristovão Tezza, vão de Florbela Espanca a Clarice Lispector, de Kafka a Adélia Prado.
Desejamos compartilhar isso sempre, com qualquer pessoa que esteja disposta a aprender algo novo ou que simplesmente goste de poesia, seja em verso ou prosa, em romances, contos, poemas ou crônicas, pois, como sabemos, ela está em todo lugar.
O poema de hoje vem de um homem que fez dos versos a sua vida: Vinícius de Moraes.

Balada negra
Éramos meu pai e eu
E um negro, negro cavalo
Ele montado na sela,
Eu na garupa enganchado.
Quando?
eu nem sabia ler
Por quê?
saber não me foi dado
Só sei que era o alto da serra
Nas cercanias de Barra.
Ao negro corpo paterno
Eu vinha muito abraçado
Enquanto o cavalo lerdo
Negramente caminhava.
Meus olhos escancarados
De medo e negra friagem
Eram buracos na treva
Totalmente impenetrável.
Às vezes sem dizer nada
O grupo eqüestre estacava
E havia um negro silêncio
Seguido de outros mais vastos.
O animal apavorado
Fremia as ancas molhadas
Do negro orvalho pendente
De negras, negras ramadas.
Eu ausente de mim mesmo
Pelo negrume em que estava
Recitava padre-nossos
Exorcizando os fantasmas.
As mãos da brisa silvestre
Vinham de luto enluvadas
Acarinhar-me os cabelos
Que se me punham eriçados.
As estrelas nessa noite
Dormiam num negro claustro
E a lua morta jazia
Envolta em negra mortalha.
Os pássaros da desgraça
Negros no escuro piavam
E a floresta crepitava
De um negror irremediável.
As vozes que me falavam
Eram vozes sepulcrais
E o corpo a que eu me abraçava
Era o de um morto a cavalo.
O cavalo era um fantasma
Condenado a caminhar
No negro bojo da noite
Sem destino e a nunca mais.
Era eu o negro infante
Condenado ao eterno báratro
Para expiar por todo o sempre
Os meus pecados da carne.
Uma coorte de padres
Para a treva me apontava
Murmurando vade-retros
Soletrando breviários.
Ah, que pavor negregado
Ah, que angústia desvairada
Naquele túnel sem termo
Cavalgando sem cavalo!

Foi quando meu pai me disse:
– Vem nascendo a madrugada…
E eu embora não a visse
Pressenti-a nas palavras
De meu pai ressuscitado
Pela luz da realidade.
E assim foi.
Logo na mata
O seu rosa imponderável
Aos poucos se insinuava
Revelando coisas mágicas.
A sombra se desfazendo
Em entretons de cinza e opala
Abria um claro na treva
Para o mundo vegetal.
O cavalo pôs-se esperto
Como um cavalo de fato
Trotando de rédea curta
Pela úmida picada.
Ah, que doçura dolente
Naquela aurora raiada
Meu pai montando na frente
Eu na garupa enganchado!
Apertei-o fortemente
Cheio de amor e cansaço
Enquanto o bosque se abria
Sobre o luminoso vale...
E assim fui-me ao sono, certo
De que meu pai estava perto
E a manhã se anunciava.
Hoje que conheço a aurora
E sei onde caminhar
Hoje sem medo da treva
Sem medo de não me achar
Hoje que morto meu pai
Não tenho em quem me apoiar
Ah, quantas vezes com ele
Vou ao túmulo deitar
E ficamos cara a cara
Na mais doce intimidade
Certos que a morte não leva:
Certos de que toda treva
Tem a sua madrugada.
In: Novos Poemas (II)
In: Poesia completa e prosa: Nossa Senhora de Paris
fonte: www.viniciusdemoraes.com.br/poesia